Proposta de um Triângulo (Re)Criador de uma Perspetiva Convergente de Ensino de Teatro
DOI:
https://doi.org/10.34639/rpea.v2i1.81Palavras-chave:
Teatro, Ensino, Educação, Ética, Estética, DisponibilidadeResumo
As referências e os modelos que operam no nosso sistema educativo, no ensino do teatro, tais como as práticas teatrais
existentes e o consequente entendimento do que é fazer teatro por parte de jovens estudantes, especialmente a partir do
ensino secundário e universitário, estão bastante condicionados, quer a uma busca de uma satisfação pessoal ou de mero
entretenimento, quer à revelação de um talento e, até, de uma ascensão à fama.
Paralelamente, deparamos com um sistema eclético de ensino de teatro em que se privilegia a existência de objetivos
educacionais muito amplos que, por sua vez, transformam-se em justificações para uma pedagogia pouco eficaz e exploratória.
Por conseguinte, em muitas situações, não se consegue desenvolver uma autoaprendizagem de ação no teatro de natureza
(mais) orgânica, rigorosa e metódica como base de toda a criação artística, tornando-se, assim, mais autêntica e comprometida.
Pretende-se, assim, sugerir um triângulo (re)criador de uma perspetiva convergente de teatro de três autores europeus
de teatro dos séculos XIX e XX: Stanislavski, Grotowski e Peter Brook, tendo como base princípios estéticos, técnicos e
éticos, não como receitas de aplicação em contexto escolar, mas como possibilidades de atuação, em que as categorias
da disponibilidade, da concentração e do coletivo são complementares na criação teatral de natureza orgânica, contrária aos
modelos imitativos da arte de representar e consonantes com uma conceção despojada do teatro.
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