Entre a Possibilidade de se “Ensinarem” as Artes e a Necessidade Imperativa de se Conhecerem as Novas Culturas Infanto-Juvenis que Hoje “Habitam” a Escola
DOI:
https://doi.org/10.34639/rpea.v1i1.53Palavras-chave:
Artes Visuais, Cultura Infanto-Juvenil, Educação Artística, Pedagogia Artística, Filosofia da Educação ArtísticaResumo
Longe de procurar esmiuçar e detalhar tecnicamente as principais metodologias utilizadas pelos professores de arte em diferentes momentos históricos, este texto procura assinalar e caracterizar as filosofias que subjazem às práticas, bem como os consequentes modelos de referência. O que pressupõe, à partida, que existem modelos mais adequados do que outros para fazer face a desafios que também mudam historicamente, assim como também mudam, psico-sociologicamente, os jovens para quem se destina o ensino artístico oferecido pela escola pública. Ensinar segundo pressupostos de outro tempo histórico é, portanto, um dos principais mal-entendidos da escola formal, convencida (assim como muitos dos seus professores) de que terão de ser as pessoas (os aprendentes) a adaptarem-se à escola, aos seus conteúdos e às suas práticas, e não o contrário. Esta posição encontra-se muitas vezes expressa na expressão “No meu tempo… é que era!”. Os que apoiam, sem reservas, este posicionamento, que no fundo é aquele que é induzido pela visão tradicional dos processos de escolarização, são também os que apoiam a utilização de práticas pedagógicas cristalizadas no tempo e inadequadas à criação urgente de novas narrativas pedagógicas regeneradoras e capazes de fazer frente aos espaços informais de aprendizagem (televisão, internet, ipods, vídeo-gaming, etc.) que hoje fazem uma concorrência feroz à escola formal.
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