Barreiras estruturais de acesso à cultura

Autores

  • Liliana Rodrigues Centro de Investigação em Educação da Universidade da Madeira (CIE-UMa)

DOI:

https://doi.org/10.34639/rpea.v13i2.234

Palavras-chave:

Cultura, Europa, Investimento, Barreiras

Resumo

Enquanto Europa, temos de assumir um compromisso com a Cultura. O primeiro compromisso deve ser o de garantir maior investimento e mobilidade cultural diferenciada para as regiões ultraperiféricas. Isto implica ter financiamento direto às escolas para visitas culturais, bem como bolsas de estudo ou de estágio em instituições culturais.

Por outro lado, não menos importante, precisamos de justiça fiscal na área cultural para que não haja dupla tributação e haja uma redução de impostos para as entidades privadas que financiam a Cultura. O antigo Presidente da Comissão Europeia, Juncker, afirmou que os artistas e criadores eram as “jóias da coroa” da Europa. O Presidente do Parlamento Europeu afirmou que “a cultura, mais do que a economia, é o que nos une”.

Gostaria de ver esta União tão preocupada com as décimas culturais como com as décimas do sistema bancário e financeiro. Gostaria de ver como seria essa outra Europa, uma Europa que optasse por investir mais na cultura. Investir na Cultura é investir na Democracia. É investir na dignidade humana e na memória. Na nossa memória.

Isso implica, insisto, a coragem política de descentralizar geograficamente o investimento feito na Cultura e de apostar na mobilidade cultural. A mobilidade de artistas europeus e de países terceiros é uma forma de promover a paz, de partilhar visões e de desconstruir representações sociais e culturais estereotipadas.

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Publicado

2024-10-18