Sob o Signo da Opressão: Textos Visuais de Pré-Adolescentes

Autores

  • Judite Zamith-Cruz Centro de Investigação em Educação – Universidade do Minho
  • Angélica Lima Cruz Centro de Investigação em Estudos da Criança – Universidade do Minho
  • Zélia Anastácio Centro de Investigação em Estudos da Criança – Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.34639/rpea.v5i1.18

Palavras-chave:

Opressão, Cultura Nortenha, Desenho, Pré-Adolescentes, Educação Artística, Metodologias Visuais

Resumo

Analisam-se dezassete representações pictográficas que exprimem e comunicam a violência sobre (e dos) préadolescentes, com os seguintes objetivos: (1) as docentes conhecerem os estudantes, apercebendo possíveis conflitos familiares e disputas com colegas; e (2) as autoras criarem um guião de comparação dos textos mistos (visuais e escritos). Os participantes foram duas professoras e alunos duma turma de 12 raparigas e 5 rapazes, do 2º ciclo, do ensino básico, oriundos de meio urbano e suburbano de Braga. Na primeira fase do projeto interdisciplinar, as duas docentes, uma de Língua Portuguesa e outra de Educação Visual, debateram com os alunos diferenças entre um acontecimento jornalístico e um acontecimento poético, evidenciado na metáfora (visual) presente no Poema de Violência, de Bertolt Brecht.
As produções artísticas elucidaram questões de género, múltiplos sentimentos e emoções (menosprezo, medo, culpa, represália/vingança, cobardia, preguiça, desconforto por apertos físicos, impotência), proibições e rebeldias, com progenitores, uma professora e colegas. Fogem (e ameaçam), fazem maldades e dizem mentiras. Os cenários foram interiores (casa e escola) e exteriores, urbanos e campestres. Visualmente, foram expressos rituais culturais e religiosos (procissão e casamento), com elementos naturais, figurativos e simbólicos (portas fechadas, paus no ar, rebentamentos…)

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Publicado

2018-09-14