O Ensino/Aprendizagem do Desenho (Hoje) como uma Zona de Contacto

Autores

  • Joana Rita Gomes Mendonça UTC Artes Visuais, Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico do Porto

DOI:

https://doi.org/10.34639/rpea.v11n1.177

Palavras-chave:

Zona de Contato; Inacabado; Poder; Projeto em Desenho

Resumo

Este estudo parte de uma provocação que invoca o desenho como se fosse uma disciplina que nem todos compreendemos; passa através de seis conceitos que vão servindo como argumento para explorar o conceito de zona de contato no seu ensino/aprendizagem. Através da contradição, apresentamos o desenho na academia como algo que está entalado entre a sua apreciação geral e uma vontade de deixar de depender de outras disciplinas artísticas. O poder vem introduzir-nos a zona de contato como um lugar em que existem à partida intervenientes de diferentes
relações de poder e almejar a uma negociação. Através da ideia de desenho inacabado, remetemos para o professor que reflete sobre si mesmo, enquanto projeta para o futuro aquilo que considera o desenho perfeito. A mudança acontece já naturalmente por esta altura, cruzando artistas e educadores contemporâneos como Nicolas Páris e Gabo Camnitzer e uma consciência de que o museu de arte contemporânea pode contribuir para a mudança que o desenho académico
procura e necessita. O professor/aluno enquanto relação procura, através de argumentos do passado e remetendo para exemplos da infância, refletir acerca dos momentos em que acontecem alguns processos de atribuição de significado
determinantes. Finalmente o desenho que usa o projeto enquanto investigação sobre si próprio é a solução que se propõe e se promove como um caminho alternativo para o futuro do desenho. Tudo isto com um grau de ironia, e possibilidades
de falhanço implícitas no lado autobiográfico, que se torna inevitável ao pensar nos processos pelos quais já se passou antes, durante o crescimento enquanto professor(a).

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Publicado

2022-05-25